Kell Smith estreia “(Não é só mais) um álbum de amor”

Kell Smith estreia “(Não é só mais) um álbum de amor”

Repleto de referências em brasilidades, álbum conta com reflexão sobre o amor em oito faixas inéditas

A pós-modernidade trouxe a fragilidade e a liquidez nos amores, que por consequência, viraram canções do novo lançamento “(Não é só mais) um álbum de amor”, de Kell Smith.

Em um momento de reflexão e virada de ciclo, a cantora decide revelar sobre amor que sente em sua forma mais pura e utiliza como referência a arte moderna e pós-moderna, como um dos maiores intelectuais do século XXI, o filósofo e sociólogo Zygmunt Bauman – que traz a discussão sobre a Modernidade Líquida – e Tarsila do Amaral, pontuando como a arte pode ser disruptiva, traduzir os tempos atuais e nos sugerir reflexões e possibilidades.

“Esse álbum tem influências e referências brasileiríssimas. E explorar essas brasilidades, sonoridades, regionalidades e texturas, além de toda a mensagem, me conecta a história da Música Brasileira que é feita da mistura e diversidade que só o Brasil pode proporcionar. É o fruto de quem eu sou. Filha de um pai pernambucano e uma mãe paulista, missionários, filhos do Brasil. Tem parte de mim, da minha história e desse país que me atravessa em cada pedacinho desse álbum. São muitas camadas.” comenta Kell.

O repertório é composto por oito faixas, partindo de “(Não é só mais) um áudio sobre amor”, uma abertura que resume sobre o amor líquido, sentimentos e sensações da cantora e compositora Kell Smith, através de um áudio criado em uma conversa informal em casa, com divagações e questionamentos sobre o sentimento. Em “Baila Comigo”, é possível vivenciar a presença do verão do Brasil por meio do samba-rock em um embalo tropical, com referências de Jorge Ben Jor, Gilberto Gil e o título em homenagem especial à Rita Lee.

A faixa foco é responsável pela junção do Pop com a MPB e por trazer o fervor da paixão é “Devagar” – saudosa e quente, a faixa carrega o amor urbano, que vira do avesso, e revela toda a musicalidade de Kell. Protegendo seu codinome, a quarta canção do álbum é “Beija-Flor” que faz alusão a Cazuza, carrega a mensagem do relacionamento que deu certo. Melodia construída por suaves notas de piano, remetendo ao amor puro, que preenche.

“Nada” traduz o conceito do álbum, um desabafo, que fala sobre saúde mental, inseguranças e a busca pela paz, com trilha calma e reconfortante, sendo uma “música real para pessoas reais” segundo a cantora – que, por sua vez, usou como referência a música “Se eu quiser falar com Deus”, de Gilberto Gil, o qual propôs diversos sentidos diferentes à palavra “nada”. “Valsinha”, tem como referências a música de mesmo nome, de autoria de Chico Buarque, e o cantar de Elis Regina, que possui leveza e densidade. Essa canção traduz o amor que está se diluindo, tomando outro rumo; melancólica com a fluidez dos sinos de Natal e com a nostalgia do ritmo da caixinha de músicas, expõe sobre a dor do fim de um amor. A liberdade encontramos em “Comecei amar”, com uma batida divertida e empolgante, como o reinício de um relacionamento, o reencontro com o amor-próprio ou a superação de relacionamentos abusivos e bullying. Nesta, o visualizer será protagonizado pelos fãs, dando voz e visibilidade ao público fiel da cantora.

Crédito foto: Eduardo Vincenzi

Encerrando o álbum, “Lei da atração” é uma música repleta de brasilidade e muita cultura latino-americana; com o Triângulo pulsante, traz o Nordeste em sua melodia, dá voz à busca pelas conquistas, paz, amor, saúde e a manifestação do próspero. Com participação mais que especial da Alice, filha de Kell.

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