A bordo de uma caravana que há 12 anos roda pelos palcos, quebradas, escolas públicas e unidades da Fundação Casa, está a banda de rap, Engrenagem Urbana. O novo disco, Primeira Linha, está lançado em todas as plataformas de streaming de música.
Anota as participações: Marcão (DMN / Realidade Cruel), Sombra SNJ, Preta Ferreira, Quelynah, Max B.O., D’Oliveira e Lucas Afonso (campeão do Slam Brasil).
Neste segundo álbum, o grupo traça linhas de raciocínio, linhas do tempo, linhas tênues e linhas imaginárias, sempre escrevendo certo por linhas tortas. A poesia é o forte de Samuel Porfírio, MC e compositor.
Enquanto o rap da Engrenagem Urbana é incrementado com aquele jazz de quebrada, de Zona Leste paulistana, as rimas e o flow são pura literatura marginal. Boom bap no melhor estilo old school. Junto a Samuel, estão: o tecladista e produtor musical Kiko de Sousa (que já tocou com Tássia Reis, Rincon Sapiência, Kamau e Mental Abstrato) e o baterista e beatmaker Wopper Black (que toca com Quebrada Instrumental, Tiziu e outros).
O trio conta com a colaboração de Matheus MXM na produção e no contrabaixo.
Para se ter uma pista do que a galera de Itaquera prepara para esse show de lançamento, escute “Pássaros”, uma narrativa sobre postura e proceder que compara os comportamentos humanos com as diferentes espécies de aves. E “Amanhã”, que reflete sobre a passagem do tempo.