Seis anos após seu primeiro álbum, um Fabio Brazza mais maduro e consciente lançou “Isso não é um disco de rap” no dia 3 de julho. O trabalho traz batidas modernas e um artista saindo de sua zona de conforto, sem deixar de traduzir poesia e carregar mensagens importantes em seus versos de protesto.
Após oito meses com o projeto de soltar um single de cada vez, o quinto álbum do rapper toma forma e chega aos principais serviços de streaming no começo do próximo mês, marcado por feats incríveis com Péricles, Luccas Carlos, Hélio Bentes, Vulto, Srta. Paola, entre outros.
O nome e a capa do álbum fazem referência a René Magritte, pintor belga surrealista conhecido por suas pinturas extraordinárias. Mas se não é um disco de rap, é o que? Ao longo desses meses de pré-lançamento, Fabio Brazza sempre disse que, na verdade, o trabalho é seu coração derramado em cada track.
Assim como na pintura “Isto não é um cachimbo”, quadro do Magritte que se destaca pelo enigma e reflexão, o que o Brazza propõe é a representação de um disco tradicional, algo além do rap. Carregado de sentimentos e histórias, o imaginário do artista traduzido em poesias é o primeiro trabalho que não vai chegar aos fãs fisicamente, somente através do streaming.
Composto por 12 faixas, “Isso não é um disco de rap” conta a história de Fabio Brazza nos últimos dois anos. Fã assumido de discos de vinil, o rapper fala sobre o costume de ouvir álbuns inteiros em ordem, desde a primeira batida até o último ruído, para encontrar a narrativa que o cantor ou banda quis contar. É possível fazer o mesmo com esse álbum: “Começando por ‘Centauros’ e acabando em ‘Inquilino da dor’ e ‘Toda gratidão’, eu falo de um Fabio que passou por muitas crises, questões existenciais, que se desconstruiu, aprendeu muita coisa, sofreu por amor”.