Saymoon Moon e Ravih cantam amor preto e LGBT em “Chamada Perdida”

Saymoon Moon e Ravih cantam amor preto e LGBT em “Chamada Perdida”

Artistas se uniram para escrever "hino para pretes agridoces"

Depois do lançamento de “Sonhos” e “Enemies”, nesta sexta-feira (20/10) Saymoon Moon chega com nova aposta inédita em seu repertório: “Chamada Perdida” é sua primeira “love song”, como são apelidadas as canções românticas no cenário hip-hop.

Com sonoridade também diferente dos lançamentos anteriores, o artista mistura trap, rap e toques de R&B para falar sobre dinâmicas afetivas e seus entraves. “Queria escrever um som sobre relacionamentos a partir da minha vivência enquanto homem negro e gay e que também apresentasse novos rostos LGBTQIAP+ da cena musical brasileira”, explica Saymoon.

Foi Robson Siqueira, bailarino referência na cena cultural preta e LGBTQIAP+, a ponte que levou Saymoon a convidar RAVIH para participar de “Chamada Perdida”: “Eu vi o Robson em um videoclipe dele e fui buscar saber mais”, conta o artista. Bissexual e tambem periferico, RAVIH não hesitou em aceitar realizar a parceria e adicionou novos versos a letra original do que ele chama de “hino para pretes agridoces”. Para o artista de Parelheiros, a letra da música vai além de flerte e desapego: “Há várias camadas interpretativas lá: uma delas é a da indisponibilidade emocional que a nossa comunidade acaba desenvolvendo para prevenir violências e rejeições frequentes”, reflete RAVIH.

O lançamento de “Chamada Perdida” também inspirou um show conjunto da dupla que acabou de estrear passando por diversos espaços abertos e públicos de periferias da Zona Sul de São Paulo. Bairros como Parque Jabaquara, Jardim Vera Cruz, Campo Belo e Parque Novo Santo Amaro já receberam a apresentação que além de proporcionar a audição antecipada do single, também serve como aquecimento para o primeiro EP de Saymoon Moon, que deve chegar às plataformas nos próximos meses e para o álbum de estreia de RAVIH, que chega no início do próximo ano.

Por ora, “Chamada Perdida” parece representar um momento de transição para os dois: “Mesmo vindo de estilos musicais e nichos diferentes, nossas vivências e ambições artísticas estão bastante conectadas e isso é bem visível, tanto na música quantos nos shows”, pontua RAVIH.

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